Jovem negro e gay é agredido por três homens no centro de São Paulo
Robson Gael, jovem negro e gay, foi agredido no centro de São Paulo por volta das 17h do último domingo enquanto passeava com seu cachorro. Mais uma vítima da LGBTfobia e sem ter feito nada para receber tal agressão, a não ser a cor de sua pele e sua orientação sexual.
De acordo com Gael, ele estava passeando com seu cachorro quando três homens passaram por ele e começaram a chamar de “viadinho” e “preto safado”. Ele acredita que os homens estavam bêbados ou drogados, o que não justifica as agressões sofridas inclusive por seu cachorro.
O vídeo, que viralizou nas redes sociais, mostra o quanto nossa sociedade ainda é intolerante e comete crimes de racismo e LGBTfobia.
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— Fabricio Viana 🏳️🌈 #OrgulhoSempre (@FabricioViana) October 6, 2020
No vídeo, Gael conta “Eu estou aqui cortado. Todo machucado. Fui abordado por três indivíduos brancos, heteros, aqui no centro de São Paulo. Me agrediram pelo simples fato de ser gay e negro”, disse.
“Em pleno país onde a maioria da população é negra, a gente precisa passar por umas coisas dessas. Ah, e para você que ainda acha que não existe racismo neste país, esses cortes aqui na minha boca e as lesões que eu tenho pelo corpo sejam prova viva”, complementou.
A cena foi vista por muitas pessoas e filmada. Na sequência das agressões, agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) chegaram no local para ajudar na intervenção mas foram liberados. Mesmo assim, Gael fez o que todos nós pessoas LGBTs devemos fazer diante destes acontecimentos: ir até uma delegacia e registrar um boletim de ocorrência contra os agressores.
Não podemos deixar ninguém impune. É na impunidade que a LGBTfobia se fortalece.
Denúncias de racismo e LGBTfobia?
A denuncia de racismo pode ser feita por meio da Internet quanto por meio das delegacias comuns mas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decrati), que funcionam em São Paulo e Rio de Janeiro. Já a LGBTfobia, desde junho de 2019, o criminoso é punido por meio da Lei de Racismo (7716/89) que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito quanto a orientação sexual.
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Fabrício Viana é o jornalista (MTB 80753/SP), escritor LGBT premiado e responsável pela assessoria de imprensa e comunicação da APOLGBT SP, ONG que realiza a maior Parada LGBT do mundo. Contato com a Diretoria da ONG, aqui.
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