OMS retira a transexualidade da lista de doenças mentais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou de considerar a transexualidade como um transtorno mental segundo a nova edição da Classificação Internacional de Doenças (CID) publicada nesta segunda (18), o CID 11 que vem substituir o CID 10.
Isso significa que pessoas que não se identificavam com o sexo que lhes foi atribuído ao nascer eram consideradas doentes mentais pelos principais manuais de diagnóstico, graças a OMS. Desta forma, ela deixa de ser uma doença mental e entra como “incongruência de gênero”.
“A lógica é que, enquanto as evidências são claras de que [a transexualidade] não é um transtorno mental, de fato pode causar enorme estigma para as pessoas que são transexuais e, por isso, ainda existem necessidades significativas de cuidados de saúde que podem ser melhores se a condição for codificada sob o CID”, justifica a OMS em nota publicada no site oficial.
Vale lembrar que, a versão antiga, o CID 10, foi a edição que retirou a homossexualidade como doença, já que, na edição CID 9 e anteriores, ela foi “erroneamente” (já que tinha poucos estudos na época) classificada como tal.
Afinal, como sabemos, a homossexualidade não é considerada doença desde 1990 com a publicação do CID 10. E agora, com a substituição, a transexualidade também deixa de ser doença e passa para outra categoria, dentro de um novo capítulo intitulado “condições relacionadas à saúde sexual”.
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Fabrício Viana é o jornalista (MTB 80753/SP), escritor LGBT premiado e responsável pela assessoria de imprensa e comunicação da APOLGBT SP, ONG que realiza a maior Parada LGBT do mundo. Contato com a Diretoria da ONG, aqui.
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